Separar-se no exterior: o medo do recomeço quando a vida está longe de casa
- 26 de mai.
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Carla tem 35 anos. Mora na Espanha, casada, com a vida aparentemente estável. Mas por dentro, tudo está confuso. O relacionamento não faz mais sentido — ou melhor, faz, mas por medo. Medo de ficar sozinha num país onde ela não tem família por perto. Medo de recomeçar. Medo de não dar conta.
Ela conta que já pensou em se separar várias vezes. Mas logo depois vem aquela pergunta: "E depois disso, o que eu faço aqui, sozinha?"
Carla não tem clareza se o que sente é amor ou apego. Se é conexão ou dependência emocional. Mas sabe que o que vive hoje não a faz feliz.
Esse tipo de angústia é muito mais comum do que se imagina. E ela cresce quando estamos longe de casa, de redes de apoio, da língua materna, de um abraço familiar.
Talvez ajude lembrar que:
Nenhuma decisão precisa ser tomada no impulso, mas o silêncio prolongado também tem um custo.
Recomeçar é difícil — mas viver o que já não nos faz bem também.
Cuidar da autonomia emocional e financeira pode ser um processo, e não uma ruptura.
E que sim, é possível encontrar um caminho mais leve, mesmo quando parece não haver nenhum.









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